terça-feira, 19 de maio de 2009

Como viajar na Itália



Viajar pela Itália é mais fácil e vantajoso que viajar pelo Brasil. Primeiro porque a Itália é um país pequeno e as cidades estão bem próximas uma das outras. Além do mais, bem ou mal o serviço de transporte públicos e as rodovias ainda são bem eficientes. 


Um dos meios mais usados é o avião, por ser mais veloz e ter descontos com os voos low cost (baixo custo). Mas apesar destas vantagens, nem sempre é o mais prático por causa da distância do aeroporto até o centro da cidade. Se a viagem é muito longa ou internacional, é mais conveniente mesmo o avião (mas não exagerem na mala, uma mochila com o necessário já é o suficiente).


A viagem de trem também é uma outra alternativa para quem tem medo de viajar de avião ou quer olhar a paisagem. Na Itália, a ferrovia mais importante é a do Gruppo Ferrovie dello Stato (Trenitalia). As categorias de trens variam desde aqueles mais rápidos e confortáveis, com mínimas paradas nas estações (os Freccia Rossa, Freccia Bianca - que não fazem paradas intermédias -, Eurostar e InterCity), até aqueles com infinitas paradas, incômodos e lotados nos horários de pico, fins de semana e feriados (Regionale, Espresso, Treno Notte). Duas dicas importantes:

  • Dependendo do tipo de trem, é obrigatório fazer a reserva, caso contrário, além da multa, não é permitido o embarque (e se você já tiver dentro do trem, fazem o desembarque na próxima estação, mesmo que não for seu destino).
  • Desaconselho viagens muito longas de trem (com o Regionale então, esqueça!). Para ir de Milão até a Sicília o tempo de viagem é maior que uma viagem do Brasil até a Itália. O melhor é ir de avião, navio (pode até levar o carro e ainda tem cabine para dormir e tomar banho) ou alugar um carro. Ou pagar a mais por um dos trens velozes que oferece a Trenitalia.

É interessante notar que alguns trens italianos tem até nomes, como o Leonardo Da Vinci (da linha Milano Centrale - Münich), o Alexandre Dumas (que faz Milano - Paris Lyon), o Gianduia (é o nome de um famoso chocolate de Turim e por isso faz a linha Torino Porta Nuova - Venezia Santa Lucia), o Gondoliere (Venezia Santa Lucia - Viena e Milano - Venezia Santa Lucia), entre outros.

Outra opção é viajar de pullman (ônibus interurbano) ou de carro. Nunca fiz viagens longas com ônibus, mas quem foi me disse que, dependendo da viagem, é vantajoso e mais econômico. O melhor a fazer é se informar antes. De carro é preciso ser maior de idade e ter carteira internacional para dirigir ou a carteira de habilitação do Brasil acompanhada de tradução, no caso de turistas (aconselho a se informar no Consulado-Geral do Brasil em Roma ou Milão)

Na Itália, há vários tipos de estradas, cada uma com variada forma de administração e leis de trânsito. No geral, principalmente no norte e centro, as estradas possuem uma boa qualidade de asfalto e sinalização.



As estradas italianas dividem-se em públicas e privadas. As públicas se subdividem em strade statali (SS), administradas pelo Estado e consideradas as principais vias do país, pois muitas delas nos levam às fronteiras com outros países, portos, aeroportos, centros urbanos e locais turísticos, as strade regionali (SR), muitas delas antigas estradas estatais que passaram a ser controladas pela região, e as strade provinciali (SP), de competência provincial e constituem importantes vias de acesso às capitais de província. Quando uma destas estradas são extraurbanas, de grande capacidade de tráfego, fluxo veloz e ausência de pedágios, são denominadas superstrade ou tangenziali (se forem próximas a grandes centros urbanos). O limite de velocidade varia de 90 a 110 km/h para veículos leves e de 70km/h para caminhões e veículos de carga e a sinalização, assim como para as outras estradas públicas, é azul. Para quem mora em São Paulo, dá para notar que se parecem com as nossas marginais Tietê e Pinheiros.


    




As rodovias são chamadas de Autostrade, são privadas e todas elas estão destinadas a comportar grande número de tráfego veicular. Apresentam pedágios, serviços de restaurante e postos de gasolina (Autogrill). O limite de velocidade é de 130 hm/h e para quem tem até 3 anos de habilitação, o limite é de 100 km/h. As pistas da direita são destinadas ao tráfego normal, enquanto as da esquerda para a ultrapassagem (quando não há muito trânsito, os carros devem permanecer obrigatoriamente na pista da direita, mas nem todo mundo respeita) e a sinalização é de cor verde. Podemos compará-las às grandes rodovias brasileiras, como a Rodovia dos Imigrantes, a dos Bandeirantes, a Ayrton Senna entre outras.

Há ainda os que preferem as balsas, que podem ser tanto marítimas quanto fluviais (de rios) ou lacustres (de lagos). Podem ser também pequenas, destinadas a carregar apenas passageiros e bicicletas, ou grandes, capazes de transportar, além de passageiros, carros e até trem. Algumas delas parecem verdadeiros navios, com dicotecas, bares, salas de reuniões, quartos e piscinas. Ligam ao continente as principais ilhas italianas como também a Itália com outros países, como a ilha de Córsica, na França, e a Grécia.



3 comentários:

  1. Olá Juliana. Excelente post informativo sobre os meios de transporte Italianos. Pessoalmente só usamos o avião para chegar lá, e o trem para deslocações no interior de Italia. E diga-se que funcionam bastante bem. Assim as maiores que fizemos foram Roma-Florença; Florença-Veneza e Milão-Como e Milão-Lugano.
    Continuação de boa semana

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  2. Perfecto post sobre la forma de viajar en Italia, es increíble como funciona todo.
    Imposible comparar con nuestros pobres países. Eso es primer mundo.
    Me encantó!!!

    BESOTES JULIANA

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  3. Ju

    Excelentes Dicas !!! Parabens !!!

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